O deputado Marcio Pacheco (PPL) encaminhou nesta semana um ofício à Secretaria Estadual de Educação, solicitando a recontratação urgente de professores para a Apae em Cascavel. A entidade perdeu 24 docentes no fim do ano passado e não teve nenhuma reposição em 2018, colocando em risco o atendimento especial para os 458 alunos, sendo 250 no ensino adulto, 83 no fundamental e 125 no infantil.
“A Apae presta um relevante serviço multidisciplinar aos alunos especiais e é inacreditável a falta de sensibilidade do governo em reduzir o número de professores. A medida é motivo de uma grande preocupação da direção e dos pais de alunos da entidade”, afirma o deputado.
O parlamentar alerta sobre o prejuízo no atendimento aos alunos em salas de aulas lotadas. “Com certeza, o atendimento individual será prejudicado, uma vez que a Apae atende alunos com diversos graus de deficiência, como portadores da síndrome de down, deficientes intelectuais, acamados e autistas, que estão na mesma sala e, por mais que os professores se empenhem, não alcançarão os objetivos de ensino proposto pela entidade”, destaca.
A redução atinge um dos projetos mais recentes na instituição: O Protea (Projeto Transtorno de Espectro Autista), que é referência na região oeste e tem proporcionado esperança para muitas famílias que convivem com o TEA (Transtorno de Espectro Autista).
O ofício protocolado na última quarta-feira (28/02) na Alep (Assembleia Legislativa do Paraná) foi enviado para a Secretária de Estado da Educação, Ana Seres Trento Comin, solicitando a contratação urgente de 25 professores para manter o atendimento adequado aos alunos.
A redução do número de docentes PSS (Processo Seletivo Simplificado) ocorreu no fim do ano passado, quando a Apae contava com 55 profissionais – atualmente são apenas 31. De acordo com a entidade, as aulas ocorrem em parceria com a Secretaria Estadual de Educação, que cede os professores.
Por conta da redução, as salas de aulas contam com até 12 alunos por turma. A medida adotada contempla a nova resolução pedagógica do Governo do Estado, que tem o objetivo de “reduzir os gastos”.
