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Por iniciativa de Pacheco, JJ Duran será Cidadão Honorário do Paraná

O jornalista e escritor argentino Juan José Duran ou simplesmente JJ Duran terá o seu nome eternizado na história do Paraná, estado que o acolheu e ajudou a formar a sua grande família. Por iniciativa do deputado Marcio Pacheco (PDT), JJ Duran será homenageado com o título de Cidadão Honorário do Paraná. O projeto de lei concedendo a homenagem foi aprovado por unanimidade ontem (25), em segundo turno, na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) – a redação final será apreciada na sessão ordinária da próxima segunda-feira (30).

“Trata-se de um reconhecimento pela sua trajetória de vida. O JJ Duran tem muitas histórias impressionantes sobre como superou as dificuldades durante o Regime Militar na Argentina, o exílio fora do seus País e depois como construiu uma grande família aqui no Brasil. Prestamos essa homenagem por todo esse legado de vida”, afirma Pacheco.

Nascido em 16 de junho de 1929 em Buenos Aires, Argentina, JJ Duran não se importou com a rivalidade histórica no futebol entre os brasileiros e argentinos, mas quis experimentar uma nova vida em terras brasileiras.

Essa trajetória de vida começou a ser reescrita há 39 anos, quando ele decidiu deixar o País vizinho e desembarcar em Cascavel, no oeste do Estado, com apenas uma mala de roupa e U$ 200,00 no bolso.

Na Capital do Oeste, JJ Duran encontrou a paz, a solidariedade, o respeito e a família que faltava. Mas do que isso, o amor de sua vida. Em 1984, o jornalista conhece e se apaixona por Ana Maria Theodorovicz. Uma jovem e ex-enfermeira. Mais tarde ela iria ser sua esposa.

O casal teve 17 filhos: Juan, Carlos, Cézar, Patrícia, Miguel, Gustavo, Paulo, Ana Maria, Carolina, Vitória, Daniela, Gabriel, Luana, Cláudia, Jorge e Francisco, todos foram adotados ainda recém-nascidos.

JJ Duran e Ana Maria tiveram apenas um filho biológico: Pedro Leonardo Duran, atualmente com 33 anos. Mas a boa intenção do casal, enfrentou problemas com o Ministério Público, com questionamentos sobre os critérios das adoções. Porém, isso não foi motivo para desistir do propósito de acolher as crianças que recebia.

Em suas inúmeras entrevistas, Duran fez questão de destacar “que a sua casa esteve sempre aberta para quem precise de uma família ou lar”. ‘‘Deus e o Brasil me deram uma grande e amorosa família’’, lembrando que, ao sair da Argentina, encontrou pessoas que o acolheram em Cascavel ‘‘como irmãos’’, e nunca sofreu qualquer tipo de perseguição ou discriminação.

Quase quarenta anos depois de chegar em Cascavel, Duran se diz confortado pelo carinho e o amor de seus filhos.  Aliás, a grande família virou um exemplo na cidade, onde muitas pessoas oferecem ajuda com roupas, alimentos e outras formas de auxílio. O hospital Dr. Lima, por exemplo, presta atendimento médico até hoje.

 

HISTÓRICO DE JJ DURAN

 

Filho do editorialista e servidor público Pedro Duran e da professora Idalina Saenz, Juan José Duran ou simplesmente J.J. Duran, nasceu em 16 de junho de 1929, em Buenos Aires, Argentina.

Cursou os ensinos primário e médio no Colégio La Salle e se formou em Comunicação Social pelo Instituto Moreno, em 1951.

Como jornalista, profissão que exerce até hoje, já com os seus 91 anos, trabalhou nos jornais mais tradicionais da Argentina, como La Nacion, El Mundo e Codex. Em Lima, no Peru, atuou no El Comércio. Em Paris, na França, trabalhou no Ce Soir. Em Madri, na Espanha, atuou no ABC de Madri.

Foi eleito deputado federal pela Província de Buenos Aires em 1963.

Viveu como exilado político por 16 anos na Suíça, França, Inglaterra, Espanha, Peru, Chile, Panamá e Estados Unidos.

Desembarcou em Cascavel em 1980, onde se casou com a ex-enfermeira Ana Maria Theodorovicz e com ela constituiu uma família com nada menos que 17 filhos, dos quais apenas um biológico: Pedro Duran.

Em Cascavel, assinou por três décadas um artigo semanal no Jornal O Paraná e há um ano escreve para o jornal eletrônico Alerta Paraná.

Entre 1996 até 2012, foi assessor especial do Município para Assuntos do Mercosul nas gestões de Fidelcino Tolentino, Salazar Barreiros, Edgar Bueno e Lisias Tomé.

Nas horas vagas, também atua como escritor, profissão que o tornou membro da Academia Cascavelense de Letras, e teve breve passagem pelo mundo do cinema. Está concluindo um livro sobre a trajetória da política argentina.

HOMENAGENS 

Título de Cidadão Honorário de Cascavel, em 1996;

O prêmio destaque Latino-Americano, em 2000;

Prêmio Vitrine Cidadania da TV Tarobá, em 2001;

Diploma de Honra ao Mérito Cinematográfico de Cascavel, em 2001;

Diploma de Mérito Universitário em Jornalismo da Univel, em 2018.

 

 

 

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