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CONFLITO AGRÁRIO | Pacheco dá voz a Quedas na Alep e governo se compromete a pautar soluções

Aproximadamente 1200 pessoas da região de Quedas foram a Curitiba cobrar do governo soluções para o problema histórico

 

Os conflitos agrários na região de Quedas do Iguaçu não são novidade, sobretudo o da Araupel, mas há muito a sociedade não era ouvida para manifestar o descontentamento com o impasse que provoca insegurança, principalmente à geração de empregos. Proposição do deputado Marcio Pacheco (PPL) abriu espaço nesta segunda-feira (23) – no plenário da Assembleia Legislativa – para o posicionamento público de um representante da sociedade civil organizada. O presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Madeira de Quedas, Claudir dos Santos relatou a dimensão do problema e o desdobramento foi o comprometimento do governo com uma pauta de soluções.

 

O aprofundamento do caso acionou um alerta na Alep e o deputado da base Hussein Bakri (PSC) afirmou que apresentará a proposta de criação de uma comissão da Casa de Leis para acompanhar a questão. Consecutiva à ação na Alep, uma comitiva de Quedas do Iguaçu foi recebida pelo governador Beto Richa, que assumiu compromisso de aumentar o efetivo policial e desobstruir acessos das empresas para garantir a entrada dos trabalhadores.

 

O deputado Marcio Pacheco reiterou a expectativa da população da região de Quedas e em plenário cobrou ações práticas do governo. “A estabilidade econômica da região e também o controle de conflitos depende da ação do Estado. Precisamos nos pautar pela legalidade e cumprimento de reintegração posse. A postura leniente e permissiva dos governos do Paraná e Federal amplia o risco dos conflitos. Estamos falando de milhares de empregos sob risco num momento em que o País vive uma crise. Por outro lado, o governo federal foi ineficiente. Não cumpriu seu plano de reforma agrária, desencadeando outros inúmeros casos de ocupações de terra que permanecem sem solução”, afirmou Pacheco.

 

Também participou do ato na Alep e da audiência com o governador, Willian da Costa, presidente Sindicato dos Servidores e Funcionários Públicos Municipais de Quedas do Iguaçu.  “Espera-se que as soluções possam avançar, mas inicialmente já será possível garantir a retomada da movimentação econômica da região”, explicou o presidente sindical que também informou o temor do governo sobre reintegrações com desdobramentos trágicos.

 

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Aproximadamente 1200 trabalhadores da região de Quedas foram a Curitiba para acompanhar o pronunciamento do representante dos trabalhadores e ocupar a frente do Palácio para pressionar o governo em busca de soluções

 

FOTO: João Guilherme

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