O pré-candidato a prefeito de Cascavel, deputado Marcio Pacheco (PDT), anunciou nesta sexta-feira (14) em sua rede social que irá abrir mão do bilionário Fundo Eleitoral, criado por lei 13.877/2019, para as eleições municipais deste ano, quando os brasileiros irão votar para prefeito e vereador. Para Pacheco, o Fundo Eleitoral é ilegítimo e imoral.
“Esse fundo eleitoral é uma afronta contra cidadão brasileiro, que trabalha e recolhe os seus impostos”, afirma Pacheco em um vídeo gravada com duração de dois minutos divulgados em sua rede social. Ele disse que tomou a decisão com o intuito de deixar registrado, antecipadamente, a sua posição em relação aos recursos que virão para a eleição de prefeito em Cascavel.
“Em sete anos de vida pública, sempre fiz política transparente e franciscana, diferente desses políticos tradicionais que gastam milhões de verbas públicas em suas campanhas”. Segundo ele, a decisão de abrir mão do Fundo Eleitoral é uma questão de coerência com o seu discurso.
“Nas eleições de 2018, por exemplo, eu não fiz uso dos recursos do Fundão Eleitoral. Mesmo assim, fui reeleito deputado estadual, com uma votação de quase 40 mil votos. Era meu compromisso de campanha. Ficou provado que não era apenas discurso e sim uma prática em favor do respeito ao dinheiro do contribuinte. Vou seguir esse mesmo caminho com campanhas limpas e franciscanas. Caberá a população avaliar o nosso comportamento na política”.
Os bilhões do Fundo Eleitoral serão transformados em santinhos, cartazes, adesivos e programas eleitorais. Isso não tem retorno ao País. Retorno mesmo se esse dinheiro fosse investido em educação, saúde, infraestrutura, segurança pública e tantas outras ações públicas que a população deseja.
O Fundo Eleitoral foi criado em 2017 para bancar as despesas de campanhas eleitorais, para compensar o fim do financiamento privado. Ele só está disponível em ano de eleição. Em 2018, o valor foi de R$ 1,7 bilhão. Em 2020, foram aprovados aproximadamente R$ 2 bilhões.