Pedágio | Deputados do oeste pedem explicações ao DER sobre possíveis aumentos de 30% nas tarifas

 

Especulações indicam que tabela poderia ser reajustada para execuções de obras na BR-277

 

A possibilidade de reajuste de 30% na tarifa de pedágio na BR-277, entre Foz do Iguaçu e Guarapuava, para a execução de obras, tem gerado aflição, dúvida e preocupação na população e também entre os deputados que integram a Frente Parlamentar para o Desenvolvimento do Oeste do Paraná. O deputado Marcio Pacheco (PPL) e os demais integrantes da Frente protocolaram requerimento na Assembleia Legislativa do Paraná solicitando informações ao DER (Departamento Estadual de Estrada de Rodagem) sobre o cronograma de obras de duplicação na BR-277.

 

O reajuste do pedágio no referido trecho da BR-277, que é administrada pela Ecocataratas, surgiu durante uma reunião na semana passada entre os integrantes da Frente Parlamentar e o diretor-geral do DER, Nelson Leal Junior, na Assembleia Legislativa do Paraná, para apresentação do projeto do novo Trevo Cataratas.

 

No requerimento aprovado em plenário hoje (21), os deputados solicitam diversas informações ao órgão estadual. Dentre elas o valor atualizado do crédito em favor do governo do Estado em razão da arrecadação a mais por parte da concessionária, conforme estudo realizado pelo TCE-PR (Tribunal de Contas do Estado do Paraná) em 2010.

 

A auditoria do TCE-PR apontou “lucro exorbitante” com a cobrança de tarifas pela empresa. Os deputados também querem informações sobre as obras previstas por aditivos e quais se encontram em andamento, bem como o impacto financeiro para a população e a previsão de implantação de degrau tarifário para a execução dessas obras.

 

Os deputados da Frente Parlamentar consideram inaceitável a possibilidade do governo autorizar o reajuste abusivo no pedágio, que já é considerado um dos mais alto do Brasil.

“Não há motivos que justifiquem eventuais aumentos das tarifas do pedágio. Ao contrário, esperávamos que houvesse redução, uma vez que o Tribunal de Contas já apontou sobrepreço nas praças de pedágio no trecho entre Foz do Iguaçu e Guarapuava”, afirma Pacheco.  

 

De acordo com ele, um eventual reajuste de 30% nas tarifas seria abusivo. “A população do oeste é a mais sacrificada por conta dos valores do pedágio mais caros do Brasil. Qualquer aumento nesse sentido seria outro absurdo, além de trazer prejuízo ao setor produtivo do oeste paranaense. Queremos que as melhorias sejam executadas, mas com o dinheiro que a empresa cobrou a mais das tarifa”, destaca.

 

A notícia sobre a possibilidade de inclusão do degrau tarifário para obras de melhorias na BR-277 também mobiliza líderes e empresários do oeste. Nesta semana, a Acic (Associação Comercial de Industrial de Cascavel), divulgou uma nota também pedindo explicações do governo do Estado em relação ao assunto.

A região oeste é a maior produtora de grãos e carnes do Estado, depende quase que exclusivamente do modal rodoviário para o transporte dos produtos. 

 

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Miguel Portela/Assessoria de Comunicação 

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