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“Vai ter merenda hoje professora?”. Esta possivelmente tem sido uma pergunta frequente de muitos estudantes nas escolas estaduais em Cascavel. O motivo é a falta de alimentos distribuídos pela SEED (Secretaria Estadual de Ensino). Hoje (16) o deputado Marcio Pacheco (PPL) protocolou um requerimento solicitando explicações da Secretaria sobre a escassez de merenda na rede estadual de ensino.
O documento apresentado na Assembleia Legislativa do Paraná foi endereçado para a secretária da Pasta, Ana Seres Trento Comin. Pacheco pede informações sobre a regularidade do fornecimento de merenda e o calendário de licitação para a aquisição e a distribuição dos produtos que fazem parte do cardápio do programa.
O deputado tomou conhecimento do problema por meio de denúncias, as quais foram confirmadas depois em visitas feitas recentemente pela equipe do parlamentar em escolas em Cascavel, nas quais se constatou apenas arroz, feijão, macarrão e óleo.
A remessa de alimentos, como frutas e verduras, do Programa Agricultura Familiar, também estaria sendo afetada. “Infelizmente tive a informação que as despensas estão praticamente vazias. É um problema que precisa ser resolvido urgentemente, pois se trata de uma questão de saúde. Os alunos precisam de uma alimentação saudável e equilibrada todos os dias. Em escolas periféricas, a merenda é a principal refeição do dia”, frisa o deputado.
Ele usou hoje (16) a tribuna da Assembleia para falar sobre o assunto. Outros colegas que usaram a palavra também confirmaram a falta de produtos em outros municípios paranaenses. “É lamentável o que está acontecendo e espero que o governo resolva urgentemente esse problema”, afirma o deputado Nelson Luersen (PDT).
A rede estadual é formada por 2.126 escolas, com mais de 1,3 milhão de alunos. Em Cascavel, o Núcleo Regional de Ensino abrange 18 municípios da região e a aproximadamente 50 mil alunos, distribuídos em 93 colégios.
Por fim, o parlamentar pede empenho do governo para a retomada do fornecimento da merenda escolar. O requerimento vai ser discutido em plenário na sessão desta quarta-feira (17).
Miguel Portela/Assessoria de Comunicação