Baixo Iguaçu | Sem avanços, famílias seguem aflitas

 

Cerca de mil famílias terão as terras alagadas 

 

            Já ouviu a expressão “foi por àgua abaixo”? Pois é, uma frase corriqueira como essa é o que causa calafrios em agricultores proprietários de áreas rurais que podem ser alagadas após a abertura das comportas da Usina do Baixo Iguaçu, na Região Sudoeste. O suor frio das famílias não é à toa, afinal, quando tudo sumir sob as águas também estarão submersas as propriedades que por décadas foram o mundo daquelas mais de mil famílias.

          

          Para debater a possibilidade de reassentamento das famílias e uma justa indenização, na tarde de ontem (29), representantes dos afetados pelas obras da usina estiveram no Palácio Iguaçu para uma reunião com o Secretário Valdir Rossoni. No decorrer da reunião a pauta foi sobreposta pela informação de que a Neoenergia teria cobrado as perdas pela interrupção dos trabalhos e insatisfeita com a paralização das obras não estaria mais disposta a concluir a usina. “A Neoenergia não quer concluir as obras”, disse o secretário. 

 

          Para o deputado Marcio Pacheco (PPL) é fundamental o reassentamento regular das cerca de quatro mil pessoas que terão de deixar seus lares. “Essas famílias merecem respeito e não podem continuar apenas como telespectadores dos debates. Inclusive o Governo do Estado precisa ser mais ativo para que esse problema seja resolvido. Não é possível que o Governo siga apenas mediando o debate como vimos nessa reunião. É fundamental que o consórcio responsável pela obra cumpra suas promessas e indenize de forma justa os agricultores que deixarão para traz terras produtivas”.

 

            Por fim, o que ficou combinado foi que uma reunião será marcada na próxima semana com a presença do Governador Beto Richa, representantes da Neoenergia, Ministério Público, Procuradoria Geral do Estado, Defensoria Pública, Instituto Ambiental do Paraná (IAP) e o Arcebispo de Curitiba, Dom Peruzzo. Esse grupo de trabalho terá pela frente a missão de conciliar duas propostas divergentes: a proposta do consórcio liderado pela Neoenergia e a proposta sugerida pelo Movimento do Atingidos por Barragens (MAB).

 

            Na reunião também estiveram presentes os deputados Nelson Luersens, Professor Lemos e Tadeu Veneri.

           

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 Marcio Pacheco está engajado na causa dos agricultores afetados pela obras do Baixo Iguaçu 

           

  João Guilherme/Assessoria de Comunicação 

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